quinta-feira, 8 de março de 2018

OS VALORES ESTÃO PARA A COMPETÊNCIA, ASSIM COMO A RELIGIÃO ESTÁ PARA A CIÊNCIA


Se estudarmos um pouco a história da humanidade vamos perceber como essas coisas caminham juntas. Mesmo nas épocas mais críticas, quando a ciência foi perseguida pela religião, nos tempos da inquisição, ela conseguiu evoluir. Em resumo a religião tem como princípio ser uma “norma social”, que estabelece regras e limites para as pessoas. Por outro lado, a ciência tem como fundamento o entendimento científico de tudo que vivemos, bem como da busca na inovação para a melhoria da vida humana. Neste sentido, a religião estabelece parâmetros para a ciência, do ponto de vista ético e moral de até onde ela pode avançar. Uma sociedade organizada e estruturada depende destes dois componentes para evoluir e melhorar. E aqui quando me refiro a religião, pode ser qualquer uma independente da sua orientação. Ou seja, pode ser católica, protestante, judaica, mulçumana, e assim por diante. Essa combinação chama muito a atenção, porque numa visão rasa, elas parecem antagônicas, mas na prática elas são complementares e críticas para o desenvolvimento do mundo civilizatório.

Se por analogia trouxermos estes conceitos para o mundo organizacional, vamos nos dar conta que um profissional ou uma organização para ser completa, precisa combinar as suas competências com os seus valores. Não há como uma empresa ou um profissional ter sucesso num segmento de negócio ou na profissão se não tiver uma alta competência. Quando falamos de competência, estamos usando o conceito clássico do CHA, que é a combinação de Conhecimento, Habilidade e Atitude. Tudo isso obviamente colocado na prática através da execução de um plano de negócio ou um plano profissional. Será que só a competência seria suficiente para o sucesso de uma empresa ou de um profissional? No passado não muito distante, acreditava-se que tendo competência, uma empresa ou uma pessoa, já seria o suficiente para ter sucesso. Por esta razão é que no passado, muitos Líderes eram promovidos porque eram competentes do ponto de visto técnico. Com o passar do tempo, notou-se que apenas a competência técnica não era o suficiente para liderar outras pessoas. Da mesma forma, muitas empresas competentes tecnicamente nos seus negócios acreditavam que só isso seria suficiente para ter sucesso. Com o decorrer do tempo e das várias situações que ocorreram, ficou claro que algo estava faltando nesta equação para a sustentabilidade do negócio.

No caso do profissional, tem ficado cada dia mais claro que além das competências, é necessário que o mesmo tenha uma composição de valores, que demonstre no seu dia a dia, uma atitude íntegra e ética. Vemos no noticiário diariamente pessoas ou profissionais considerados competentes, mas que em virtude de falta de ética, ou valores pessoais de alto nível, se envolvem em corrupção, desonestidade e assim por diante. Acabam muitas vezes comprometendo o próprio nome da instituição onde trabalham. Da mesma forma acompanhamos uma infinidade de empresas de grande porte, altamente competentes nos seus segmentos de atuação, mas que estão se destruindo exatamente pela falta de valores das suas lideranças e dos seus proprietários. Esta situação também é válida para as instituições governamentais em geral. São instituições seculares competentes, mas que estão pecando fortemente por falta de valores éticos, moral e de integridade.

Fica claro na minha opinião, a importância da religião para estabelecer limites e regras para a ciência, assim como os valores precisam estar combinados com as competências para uma sociedade ser evoluída e próspera. Essas coisas que parecem antagônicas pela sua natureza, na verdade são fundamentais e críticas para a evolução do mundo.


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